quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dicionário


Raso

Sem profundidade, liso, plano.
Existem muitas pessoas rasas pelo mundo. ( Não apenas lagos...)

domingo, 21 de outubro de 2012

Sobre blogs. (ou qualquer forma de escrita sobre si)

Sabe seu psicanalista? As vezes eu tenho um tiquinho de medo. Medo não de nada grave. Medo de coisa simples. Coisa boba. De gente que se acha maior do que é. Meu medo (e é um medo terrível) é que as pessoas leiam esse blog pelo lado errado. Pelo post errado. Aquele que eu escrevi quando tava de saco cheio. Quando dormi com a bunda destapada. Que escrevi só por escrever. Aqueles, pra ser bem sincera. Porque se tem uma coisa que eu gosto (muito) é poder ler um bom texto. De uma boa pessoa. Em geral são correspondentes. O texto, a pessoa, a simpatia que se cria, a emoção que se sente, essa ligação que une o escrito e o escritor. E se alguém chegar assim e me pega de mau humor. Sem criatividade. Triste ou desesperada. Eu to ferrada? Entende? Pra vida inteira. Porque a gente tem tão pouca chance de se mostrar hoje em dia. De uma forma não superficial que é preciso aproveitar. Cada linha. Cada parágrafo. Cada ponto dizem um pouco de mim. Do que eu escrevo. Do que eu sinto. Do que eu penso que eu sinto. E do que eu quero que as pessoas pensem que eu sinto. Mesmo que não seja verdade. (Mas sempre são). E se esse blog ficou abandonado por um tempo. Não possui um refinamento ou um senso de humor apurado. Nem altas questões filosóficas e políticas. Pelo menos é sincero. Às vezes, na verdade, é quase um dedo enfiado na garganta. Um pré-vomito. Uma coisa que eu uso pra mim. Pra ficar tranquila. Pra passar a angustia pro papel. E eu não sei se ainda há quem goste de ler. Até porque fiquei mil anos sem postar. Mas espero que, se alguém der uma passada por aqui, me pegue num post bom. Bonito. E legal. Como eu sei ser vezenquando.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

sábado, 23 de abril de 2011

Nuno Manuel Fontinha

A gente muda de país e pensa que vai ficar tudo bem, quén quén quén...
que não vai precisar de acompanhamentos, que todo o tratamento já está terminado e que psicanalistas são sangue sugas manipuladores que só querem o nosso dinheiro. É o jogo, é o capitalismo, e a sociedade de consumo que nos faz comprar até saúde. Mas então, como não inventei o jogo e caí cá nesse mundo de pára-quedas nos anos idos de 1988, acabei por fazer parte dele. E vou jogando conforme minhas forças, vontades, aspirações , desejos e preguiças permitem.  Mesmo tendo algumas restrições à consultas psiquiátricas, psicanaliticas ou o escambau, tive que voltar, é mais forte que eu. Aliás, não é a primeira vez que abandono o psicanalista...
Mas dessa vz eu voltei, só que em outro país, com outro psicanalista. Nuno Manuel Fontinha é o nome do profissional. Diz que tem outra linha de tratamento, e uma poltrona diferente da florida, aquela de tantas consultas atrás. Diz que... veremos, tem uma formação meio eclética, misturando o que há de mais novo na readaptação da filosofia oriental ao norte dos Pirineus com um pouco da cultura Aymará e tudo que se encontra "onde o povo e as manifestações da psique estão". Palavras dele, em jornal famoso por cá, em Lisboa. Diz que é bonito também. Não dá pra ver grande coisa na foto do jornal ( está de perfil,  em frente a uma janela, com as pernas cruzadas e gesticulando, com a mão cobrindo o rosto), mas dizem da  sua grande e misteriosa beleza e de um  soco e um processo do ex-marido de uma paciente, que após o término do casamento jurou ter conhecimento do uso "das mais modernas e macabras artes de sedução e hipnose para enganar minha pobre esposa". Não sei... Mas dizem. Por enquanto estou tentando marcar consulta, e confesso que está um tanto quanto difícil. O telefone sempre ocupado. Dizem que é porque teve que dar muitas entrevistas e exclarecimentos á imprensa, e ao Conselho Regional de Psicanalistas da Nova Onda do Eu Cósmico Integrado do Norte dos Pirineus. Mas também dizem que , após a foto e os boatos sobre sua beleza  milhares de mulheres tiveram vontade de experimentar  suas sessões. Há também quem diga que deve estar cumprindo período de silêcio e tomando banho de sol nu, em Caiscais e purificando o corpo num ritual Aymará adaptado ao clima europeu... Eu não sei. Vou tentando entrar em contato com seu Nuno Manuel Fontinha, ainda não sei bem porque. Se pela beleza, fama ou formação eclética. Ou pelo fato de realizar rituais nus. Talvez queira saber o que se esconde atrás daquela mão grande, em primeiro plano da capa do jornal , que gesticula e não mostra nada. Talvez esteja caindo numa armadilha do doutor Nuno Manuel Fontinha, que deu a entrevista, inventou o boato e deixou-se fotografar daquela maneira só para atrair mais pacientes. Talvez eu goste disso,  dessa sedução, desse jogo, ou tenha sido vítima de mensagens subliminares no texto do jornal. Talvez Nuno Manuel Fontinha não seja um bom nome para um sedutor.
Ou talvez isso faça parte do plano e nós nem saibamos...

sexta-feira, 1 de abril de 2011

A culpa é sempre dele...


E outras coisas também matam esse tal de amor, não? Possessividade, comodismo,ciúme, traição,incompatibilidade(sentimental, sexual, gastronômica e astrológica), indiferença,incompreensão, raiva, mau hálito, chulé, apnéia , práticas sexuais  esdrúxulas, incontinência urinária, fome, fúria , aquela camisa, aquela menina, aquele dia, aquele dragão, aquelas coisas que "nunca mudam", dedais , miçangas, havaianas e gnomos. Bigorna.
Mas a gente sempre prefere botar a culpa de todos os problemas do mundo no capitalismo... às vezes pode ser uma boa saída, assim como ter altos diálogos com nossos amigos imaginarios =P

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Silêncio, grilos ao fundo e bolas de feno...

Eia!

O blog deu uma parada (sim, ele possui vida própria)... pq as consultas deram uma parada também. E porque sou egoísta e só escrevo pra me fazer de coitadinha e pra chamar a atenção. Como as coisas andam bem por aqui eu vou continuar -egoisticamente- seguindo a minha vida. Até uma próxima crise, momentinho de folga ou ideia legal de algo pra (b)postar. Pretendo mesmo continuar com isso (e parar de roer unhas , e me tornar uma pessoa legal, e economizar dinheiro, e emagrecer 5 kg...).
Por enquanto só escrevo pra dar sinal de vida. e pra postar uma musiquinha pra lá de legalzinha. No mais é isso. Um beijo enorme pra quem fica, ou vai. e fica e vai e se perde no caminho e depois volta. E pra quem tem crises. Adoro crises. Mas elas passam. E voltam.Ou ficam a vida inteira a cutucar o dedão do pé. Ou se transformam em outras coisas. Em quilos extras, teses de mestrado, rugas, poemas, músicas, livros, peças de teatro, joguinhos 3D ou em outras crises. Mas de vez em quando a gente precisa de férias.
Aqui vai a música. E os beijos =)




segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mil anos sem notícias e um tiquinho de saudades.

O tiquinho de saudades não é daquele tipo depreciativo não, do tipo " tô no exterior e nem tchunz pra vocês, ó!" Digo tiquinho porque é uma coisa pequenina e persistente, e o diminutivo aqui vem no sentido do carinho. De lembrar de fulano de tal em alguma situação, ou querer muito dividir algo naquele exato momento com alguém e não poder.
Não vou escrever sobre isso hoje, estou sem criatividade. Mas posso escrever que fui com a Nati ( uma brasileira- paulista ótima que eu conheci pela internet e que está estudando no Porto) pra Sintra! Um lugar lindíssimo, Patrimônio Histórico e Cultural Mundial. Que lá eu conheci o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena, que eu comi um Travesseiro e uma Queijadinha típica da região. Que eu tirei fotos lindas porque a paisagem ajudava e a companhia também, que eu senti paz e alegria daquelas que a gente sente quando está com pessoas queridas num lugar que a gente conhece. Que eu , que já estava com o joelho direito ferrado ( fui até no médico e fiz raio -x!) tropecei e caí nas escadarias e machuquei a canela esquerda, e fez um corte e sangrou e demorou - e ta demorando pra cicatrizar... Que na volta eu fiquei triste e com raiva de mim mesma, por ser tão idiota,capaz de machucar as duas pernas em 1 mês e meio. Que eu me senti fraca, e sozinha e longe de casa, apesar de saber que não era nada... Que eu quis colo e chorei no meio do Comboio, e borrei a maquiagem, e limpei o choro com a manga da camisa.. Que ali mesmo eu senti aquela saudadinha batendo forte e quis ouvir a mãe, o pai, a tathi preocupada com aquela vozinha de " não sei o que ..e Tia Deni", e que eu queria a Tássia e a Tati por perto e os amigos pra rirem de mim, e fazerem piadinhas estúpidas ou conjecturas de como eu poderia me aproveitar do imprevisto... Foi isso, e só. Já estou bem, to me cuidando...  Uma hora dessas eu escrevo algo legal e interessante, no momento a criatividade está lá no dedão do pé... Mil beijos!
Posto umas fotinhos pra alegrar isso aqui e pra que vocês fiquem com inveja e venham me ver correndo!